Confira os Detalhes do Megane Grand Tour

Confira os Detalhes do Megane Grand Tour

Ela foi uma perua interessante, embora a marca não tivesse muito apelo entre os consumidores brasileiros. A Megane Grand Tour foi a variante familiar da segunda geração do médio da Renault no Brasil, onde foi fabricada entre os anos de 2006 e 2012. Com visual elegante, oferecia bom espaço interno e bagageiro generoso.

A Megane Grand Tour foi fruto da evolução do médio da Renault no mercado brasileiro, já que o mesmo chegou ao Brasil em meados dos anos 90, substituindo o antigo Renault 19. O modelo era vendido somente nas versões sedã e hatch, até que houve uma mudança de geração em 2002.
No entanto, a produção argentina do Megane anterior continuou até meados dos anos 2000, quando a montadora francesa decidiu fabricar no Brasil a segunda geração, iniciando-a em São José dos Pinhais-PR em 2006.
No pacote, além do sedã, a Renault trouxe uma opção perua, que chamou de Grand Tour, um nome usado também em alguns países.

Aqui, a produção durou até 2012, quando a Renault passou a fazer o SUV Duster em seu lugar. Na Europa, a terceira geração do Megane já existia desde 2008 e contemplava a continuação da perua.
Em 2016, surgiu a quarta geração e com ela a nova familiar da linha. Neste artigo, contaremos a história do modelo vendido no Brasil e brevemente de suas sucessoras no velho continente.
Em maio de 2006, a Renault apresentava ao mercado brasileiro a perua Megane Grand Tour. A produção do sedã já havia começado em março, mas a familiar demorou alguns meses para aparecer.
Charmosa, ela trazia o mesmo conjunto mecânico do três volumes e as mesmas inovações, como a chave eletrônica em forma de cartão, que era inserida no painel.
Embora muito atrasada em relação à Europa (dois anos depois surgiria lá a terceira geração), a Megane Grand Tour parecia bem atual para o mercado brasileiro, que na época ainda tinha diversas peruas em oferta no mercado, como Toyota Corolla Fielder, Volkswagen Jetta Variant, Peugeot 307 SW, Fiat Marea Weekend e ainda ganharia outras, como a futura Hyundai i30 CW, alguns anos depois.

Megane Grand Tour – design
A Megane Grand Tour vinha com um desenho moderno e leve, que agrega elementos estéticos do modelo europeu, como faróis facetados e grade dupla com centro triangular, onde o losango da Renault centrava o conjunto.
O para-choque tinha grandes partes em cinza e faróis de neblina circulares na parte inferior, onde havia outra grade.
Ela tinha também repetidores de direção laterais, aplique com o nome Grand Tour nas portas dianteiras, maçanetas cromadas na versão Privilége, barras longitudinais no teto e antena.
Na traseira, as lanternas erguiam-se até quase o topo das colunas D, tendo elemento circular e transparente no centro da lente.
A área envidraçada era muito boa, em especial na traseira. O para-choque tinha uma curvatura que permitia abrir a tampa do porta-malas em nível bem baixo. Também tinha acabamento cinza, mas o restante era bem integrado visualmente à carroceria da Megane Grand Tour.
As rodas de liga leve aro 16 polegadas tinham desenho apenas adequado, sem chamar muito atenção e nem pretender se destacar do restante do carro.
Por dentro, a Megane Grand Tour era bem espaçosa e tinha 520 litros no porta-malas, que podiam ser bem ampliados com o rebatimento do banco traseiro bipartido.
Já o painel adotava um desenho bem funcional e prático, algo semelhante em proposta ao Nissan Sentra da época, por exemplo.
Sem adornos estéticos para almejar algum luxo, o conjunto da Megane Grand Tour tinha difusores de ar pequenos, display digital para relógio e temperatura externa e comandos manuais do ar-condicionado.
O sistema de áudio com CD Player era do tipo 1din e tinha display unificado com a tela digital superior. Havia um porta-objetos e logo abaixo o botão de partida. A chave-cartão ia inserida num slot abaixo.
O cluster era analógico e tinha computador de bordo com telinha na parte superior e indicadores de marcha e portas abertas entre os mostradores.
Havia igualmente medidores de temperatura da água e nível de combustível, além de acabamento cinza no velocímetro e conta-giros. O volante tinha desenho em forma de meia-lua com airbag e acabamento em couro, dependendo da versão.
A coluna de direção ajustável ainda contava com a tradicional haste de controle de mídia, comum nos carros da Renault na época. O piloto automático e o limitador de velocidade exigiam dois botões duplos no volante.
A alavanca de câmbio era alta, tanto na versão manual de cinco ou seis marchas (dependendo do motor), quanto na automática de quatro velocidades. Esta última tinha seletor de marchas com acabamento cinza e mudança de marchas manuais.
Mas, um item que chamava atenção, além da chave-cartão era o freio de estacionamento manual, cujo acionador era semelhante a um manche.
Nas portas, os comandos dos espelhos no lado do motorista era bem proeminente e estava no topo do puxador, facilitando seu acesso. Os bancos eram em tecido, mas havia opção de couro de fábrica, dependendo da versão.
A Megane Grand Tour tinha tecidos bem macios e conforto garantido nos assentos.
O espaço para quem ia atrás era realmente bom, como deveria ser uma perua em sua categoria. A perua da Renault tinha altura interna adequada e o acabamento no geral era aceitável. A Megane Grand Tour apresentava banco traseiro com três apoios de cabeça e cintos completos.
Feita sobre a plataforma C da Renault, que deu corpo para vários modelos da marca, inclusive o Koleos, assim como muitos da Nissan, a Megane Grand Tour tinha 4,500 m de comprimento, 1,777 m de largura, 1,467 m de altura e 2,686 m de entre eixos. Note que, em termos de altura, ela está mais para um sedã do que para uma proposta familiar.
Com tanque de 60 litros, a perua da Renault pesava em torno de 1.315 kg na versão 1.6, tendo ainda suspensão McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira.
Ela tinha ainda discos nas quatro rodas com sistema de freios ABS com EDB. Em termos de segurança, tinha ainda airbag duplo.

Megane Grand Tour – motores
No começo da carreira, a Megane Grand Tour tinha o propulsor K4M da Renault, o mesmo 1.6 litro usado pelo Clio desde o começo dos anos 2000. Com nível de ruído elevado, esse motor tinha duplo comando de válvulas no cabeçote, quatro válvulas por cilindros, totalizando 16.
Com 1.598 cm3, ele já chegou flex a bordo da Megane Grand Tour na versão Expression, entregando 110 cavalos na gasolina e 115 cavalos no etanol, ambos a 5.750 rpm. O torque era de 15,2 kgfm no primeiro e 16,0 kgfm no segundo, respectivamente, obtidos em 3.750 rpm.
Ele exigia um câmbio manual de cinco marchas e a tração era somente dianteira. Com ele, a Megane Grand Tour 1.6 ia de 0 a 100 km/h em 12,8 segundos e com velocidade final de 183 km/h.
O consumo era de 6,7 km/l na cidade e 8,0 km/l na estrada, quando com etanol. Na gasolina, ela fazia 8,5/11,4 km/l, respectivamente.
A versão Dynamique surgiu com opção de motor 2.0.
A Megane Grand Tour utilizou o propulsor F4R, que até hoje está em uso na gama da Renault, equipando modelos como Captur, Duster, Oroch e Sandero RS 2.0, por exemplo.
Entretanto, quando na perua francesa, o propulsor não tinha tecnologia flex.
Com 1.998 cm3, o F4R tem duplo comando de válvulas, 16V e injeção eletrônica multiponto. Na época, esse 2.0 da Renault entregava 138 cavalos a 5.500 rpm e 19,3 kgfm a 3.750 rpm, mesma rotação do K4M 1.6.
Na perua, ele tinha duas opções de câmbio, sendo um exclusivo manual de seis marchas e um automático com quatro velocidades.
Pesando 1.380 kg, a Megane Grand Tour 2.0 automática conseguia fazer de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos, pouco menos que a versão 1.6 manual, bem mais fraca. A velocidade máxima era de 194 km/h e o consumo urbano ficava em 7,9 km/l, enquanto o rodoviário era de 11,2 km/l.
Na versão manual, a Megane Grand Tour 2.0 era mais esperta, fazendo de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos e com final de 198 km/h. Entretanto, o consumo era pior na rodovia, fazendo 10,2 km/l, mesmo com duas marchas a mais, enquanto na cidade era mais frugal: 8,5 km/l.
Na Megane Grand Tour, o motor F4R nunca teve opção Flex e foi retirado da oferta no final de 2010, deixando-a somente com o Flex 1.6 K4M com câmbio somente manual.
Com ele, a perua durou mais uns dois anos no mercado, tendo como destaque o preço competitivo, já que era uma oferta que já estava desatualizada por volta de 2012, após 32.400 unidades vendidas.

Megane Grand Tour – conteúdo e versões

Megane Grand Tour Expression 1.6
A Expression era a versão mais simples da Megane Grand Tour. A opção vinha de série com airbag duplo, freios com ABS e EDB, rodas de liga leve aro 16 polegadas com pneus 205/50 R16, direção elétrica, freios a disco nas quatro rodas, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas com controle remoto, ar-condicionado, computador de bordo, chave-cartão, faróis duplos com ajuste de altura, banco do motorista com ajuste de altura, cintos ajustáveis e de 3 pontos para todos, volante com ajuste em altura e profundidade, porta-luvas refrigerado e lanterna de neblina, entre outros.
Opcionais: vidros traseiros elétricos, espelhos retrovisores externos com controle elétrico, faróis de neblina, sistema de áudio com CD Player, volante multifuncional e temperatura externa.

Megane Grand Tour Dynamique 1.6
Itens da Expression, mais os opcionais da mesma, além de alarme perimétrico, piloto automático, limitador de velocidade, apoio de braço para o motorista e banco traseiro bipartido.

Megane Grand Tour Dynamique 2.0
Itens acima, mais motor 2.0 e transmissão manual de seis marchas ou automático com quatro velocidades.

Megane Grand Tour Privilége
Surgida alguns anos depois do lançamento, esta opção topo de linha tinha alguns diferenciais, entre eles acabamento melhorado, retrovisores com repetidores de direção, sensor de chuva, sensor crepuscular, ar-condicionado automático, retrovisores com basculamento elétrico, sensor de estacionamento traseiro e bancos em couro.

Megane Grand Tour Extreme
Esta opção apareceu em abril de 2009 como série especial. Oferecida somente na cor preta, a Megane Grand Tour Extreme tinha para-choque dianteiro em estilo Megane RS (europeu), retrovisores na cor grafite, aerofólio traseiro, saias laterais esportivas e bancos com costuras vermelhas. A edição limitada tinha opção de motores 1.6 Flex e 2.0 a gasolina.

Atualização leve
Uma atualização leve foi promovida em 2010, adicionando grade com mais cromados, lanternas com layout alterado e cores internas renovadas. A mudança foi bem sutil dada as baixas vendas da dupla, sedã e perua, que acabaram por serem substituídos pelo Fluence em 2013. Este, por sua vez, nunca teve versão perua em nenhum mercado.

Megane Grand Tour – gerações seguintes
Com o fim da Megane Grand Tour no Brasil, a Renault deixou de atuar no segmento de peruas, algo que vinha fazendo desde os anos 90, quando trazia modelos feitos na Argentina. Na Europa, a linhagem continuou com a terceira geração em 2008.
Esta geração manteve a plataforma C, o que significa que se tivesse continuado no Brasil, a Megane Grand Tour não teria problemas em termos técnicos, apesar de que, sem o Megane hatch, a perua não iria durar muito no mercado, pois os custos seriam enormes, visto que o sedã se converteu no Fluence.
Com 2,703 m de entre eixos, ampliado, a Megane Grand Tour de terceira geração (do Megane) tinha 4,559 m de comprimento e 1,507 m de altura, sendo também mais larga. A perua francesa chamava atenção pela carroceria volumosa, assim como pela linha de cintura que se elevava até as vigias laterais.
O vidro da tampa do bagageiro era bem amplo e as lanternas grandes, com desenho envolvente e chanfros na parte interna, sobre a tampa do bagageiro. O para-choque se fundia com a própria tampa e a frente era a mesma do Megane hatch, tendo faróis duplos grandes, que avançavam sobre capô e para-lamas.
O capô ia até o logotipo da Renault, enquanto a grade se resumia a uma abertura sobre a posição da placa. Mas, o para-choque tinha uma boca grade, bem como faróis de neblina.
Já a terceira geração passou a ser feita em 2016 sobre a plataforma modular CMF, tendo 4,626 m de comprimento, 1,814 m de largura, 1,449 m de altura e 2,711 m de entre eixos. Ela tem 521 litros no porta-malas e chama atenção pela frente com LEDs diurnos em forma de gancho, assim como faróis full LED.
A Megane Grand Tour de quarta geração mantém o estilo básico da anterior, embora bem polido. Na traseira, as lanternas em LED unidas por uma lente impressionam visualmente. Na parte mecânica, destaque para o eixo traseiro (de torção) direcional.




Publicado em: 28/02/2019

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